A Cabeça do Shiba

O Padrão Básico da Nippo estabelece: “Cabeça: A testa é larga, as bochechas bem desenvolvidas, e o pescoço robusto”.

A cabeça é uma parte extremamente importante do tipo do cão Japonês. É importante não apenas na aparência geral e estrutura do cão, mas também por razões mais específicas. Primeiro, a expressão da face é crítica na determinação de que o cão possui o temperamento adequado (isto é: ousadia, boa natureza e sinceridade) mencionados no Padrão em Essência e sua expressão, vistos antes. Segundo, estrutura da cabeça determina em elevado grau se o cão possui os sinais genéticos apropriados.

Na avaliação da cabeça, há duas considerações gerais:

  1. Os itens estruturais fáceis (exemplo comprimento, largura, formato);
  2. Os itens mais subjetivos (exemplo, características, caráter e expressão).

Cabeça do Shiba

A estrutura da cabeça é decorrente dos ossos da cabeça, que consistem do crânio (formando a parte traseira da cabeça e contendo o cérebro) e os ossos faciais (incluindo os ossos da cana nasal e o maxilar e a mandíbula com as suas articulações). A parte traseira do crânio tem uma excrecência chamada occiput ou occipital que pode ser sentida entre as orelhas, essa marca é o final do crânio. É o ponto do qual é medido o comprimento do crânio e o comprimento total da cabeça. Os ossos da cabeça dão a base para as dimensões que podem ser medidas, tais como o comprimento e largura da cabeça, as bochechas, o stop e o focinho.

Cabeça do Shiba

O comprimento total da cabeça é obtido da combinação do focinho e do crânio traseiro. O comprimento do crânio traseiro é medido da ponta do occiput até o meio do stop, enquanto a medida do focinho é calculada do meio do stop até o fim da trufa. A razão entre as duas partes é muito importante, com a traseira do crânio e o focinho tendo 60 e 40 por cento respectivamente. Uma linha imaginária desenhada entre as duas extremidades internas dos olhos pode ser utilizada para indicar o meio do stop.

A largura da cabeça é determinada pela extensão da maçã do rosto (osso malar ou zigomático). O Shiba tem bochechas bem cheias, e isso pode dar a impressão de que a cabeça em si é mais larga do que realmente é. Essas bochechas cheias não apenas fazem a cabeça parecer mais larga do que em outras raças de cães, mas também fornecem à cabeça uma impressão de robustez.

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Embora nenhuma especificação seja dada em relação à largura da testa, o Padrão diz que ela deve ser larga. É raro ver um Shiba que possua uma testa larga demais. Uma testa estreita pode resultar de uma estrutura óssea estreita; ou, apesar da largura real do crânio, de orelhas que sejam demasiado próximas. Uma testa estreita fornece uma aparência apertada para a face e estraga enormemente a dignidade da expressão.

Em adição à largura da testa , os seguintes pontos devem ser considerados. Primeiro, a testa deve ser plana. Vista de frente ou de lado, não deve existir um calombo perceptível na testa. Uma testa arredondada produz uma cabeça em forma de maçã, que é uma falta comum entre os Shibas. Segundo, embora não devam existir rugas na cabeça do cão japonês, pode existir um sulco do centro da testa, terminando no stop. Esse sulco pode ser dificilmente notado, dependendo da pelagem, e nunca pode ser profundo.

As bochechas cheias do Shiba – como o cume do Rhodesian Ridgeback ou a orelha em tulipa do Collie – são características especiais, assim como espírito audaz do temperamento do Shiba ou orelhas eretas. Portanto, bochechas cheias são muito importantes. Palavras como roliço, muito arredondado, embolsado para fora, são utilizadas para descrever as bochechas. O nariz correto, afunilado, contrasta com as bochechas bem cheias, e é esse contraste que fornece à face muito de sua expressão característica. De frente, o Shiba parece um texugo por causa das bochechas largas e focinho afunilado.

O stop é a linha divisória entre o focinho e a parte traseira do crânio. Porque ele marca a transição entre a larga testa e as bochechas cheias com o contrastante focinho seco e afunilado, o stop precisa ser definido. Isso não significa que ele deva ser abrupto. Na área entre os cantos internos dos olhos haverá uma leve curva descendente. Essa curva precisa ser clara, mas ela precisa ser leve, ou seja, um stop moderado. Um stop particularmente raso é destacado nas Resoluções de Julgamento como uma falta, mas um stop excessivamente profundo também é indesejável.

Características e Expressões

O cão nativo japonês possui a expressão apropriada quando em harmonia com suas características. Todos os itens até aqui discutidos – os olhos, orelhas, focinho, traseira do crânio, stop, lábios, e trufa – em conjunto formam a aparência da face, e se algum deles estiver fora de proporção ou harmonia com o restante, o resultado será uma expressão grosseira ou desagradável. Com algo como expressão facial, que evoca uma reação subjetiva, nós precisamos considerar a impressão geral produzida, bem como as partes individuais.

De acordo com especialistas em criação japoneses, rugas na testa estragam seriamente a expressão geral da face. Rugas são normalmente a figura oito, em forma de vê ou linhas paralelas. Se o sulco que está no centro da testa é profundo é considerado ruga e, portanto, é falta.

Na expressão, como na estrutura, a distinção entre macho e fêmea precisa estar prontamente aparente. A expressão do macho deve transmitir firme ousadia, enquanto a expressão da fêmea pode ser mais leve e mais refinada. O cão expressa seus sentimentos com o corpo inteiro, mas como nas pessoas, é na face que as emoções são mais claramente vistas. Movimentos dos olhos e das orelhas e vocalizações tais como latidos ou choramingos podem expressar alerta, medo, alegria, raiva, e muitas outras emoções. Por essa razão, a aparência facial é crítica na avaliação do apropriado temperamento do Shiba.

Concluindo: a cabeça é uma parte muito importante do Shiba e deve receber um grande peso no julgamento da raça. Na avaliação da cabeça a maturidade do cão deve ser considerada. É um grande erro julgar o cão jovem – no qual o desenvolvimento não está completo – pelo padrão de cabeça que se espera de um cão completamente desenvolvido.

A Orelha

O Padrão Básico da Nippo estabelece: “Orelhas são da forma de um pequeno triângulo, inclinando-se levemente para a frente e permanecendo eretas e firmes

As orelhas eretas são uma das características fundamentais do Shiba, e sua importância não pode ser exagerada. Em conjunto com a cauda portada sobre a traseira, as orelhas servem para definir a figura do Shiba, e um Shiba com orelhas caídas dificilmente seria chamado Shiba.

Tamanho

A maneira mais fácil de determinar se as orelhas são de tamanho adequado é julgar se estão ou não em harmonia com a cabeça. Uma orelha que é demasiado grande para um Shiba pode ser perfeitamente correta em outro com uma cabeça maior. Como o tamanho da orelha é uma questão de proporção apropriada com a cabeça, não há medida absoluta para o comprimento e largura podem ser dadas. É preciso estudar os cães que têm a proporção apropriada do tamanho da orelha e utilizar o seu próprio senso estético. Geralmente, orelhas muito grandes são muito mais comuns do que orelhas muito pequenas.

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Forma

É imperativo para o tipo correto de orelha que elas sejam triangulares. Em geral, o triângulo apropriado é isósceles - os dois lados iguais sendo as laterais das orelhas - porque isso fornece uma aparência de balanço e estabilidade. Como a orelha se estende mais no lado externo da cabeça, esses dois lados não serão de comprimentos idênticos, mas a aparência deve ser igual, quando vistas de frente. Uma linha vertical no centro da orelha deve dividi-la em duas partes proporcionais. Se você traçar um par de linhas imaginárias verticais tangendo a parte mais larga da face, a outra extremidade da orelha não deve estar além dessas linhas.

Faltas comuns são de orelhas que se estendem além da lateral da cabeça, orelhas que se inclinam uma para a outra, orelha de forma de diamante, que contém uma curva fechada na base que avança além da lateral da cabeça (comum em orelhas pequenas), uma ponta de orelha que se inclina para trás ou que oscila quando o cão se move, uma orelha redonda que não tem ponta evidente ou uma orelha com base estreita que distorce o triângulo.

Uma orelha que não é faltosa, exceto se levada ao extremo, é a orelha profunda. O oposto dessa é a orelha chata, onde não há praticamente um pavilhão dentro da orelha. Uma orelha extremamente chata é menos desejável do que uma orelha excessivamente profunda, mas o meio termo entre elas é o ideal.

Ponta para Frente

O padrão diz que a orelha deve inclinar-se ligeiramente para a frente. Quando se olha o cão de perfil, a linha da orelha não deve ser perfeitamente vertical ao solo, e haverá um ângulo entre a linha da orelha inclinada e a vertical. Vista de lado, a parte traseira da orelha inclina-se para a frente 30 graus de uma linha perpendicular ao plano da testa. A linha da frente da orelha vai fazer um ângulo reto com o plano da testa. Evidentemente esse ângulo não pode ser medido com exatidão devido à leve curvatura da parte traseira do crânio e irregularidades na forma do crânio. Alguns Shibas vão ter uma inclinação excessiva, mas o mais comum é vermos cães que não têm a adequada inclinação. Como a inclinação adequada é muito importante na aparência do cão, é preciso avaliar seriamente esse aspecto.

Portada ereta

Firmemente levantada significa que as orelhas devem permanecer rigidamente eretas. Quando o cão se move, as orelhas não devem balançar para trás ou para a frente. O estado mental do cão tem considerável efeito no porte da orelha. Um cão relaxado pode carregar as orelhas mais para o lado, alguns cães têm essa tendência mais do que outros. Um cão assustado vai abaixar as orelhas, o que é também uma forma de mostrar submissão. O porte adequado da orelha do Shiba reflete a ideia de que esta raça deve sempre demonstrar calma e coragem.

Outros fatores

Dois outros fatores que não são especificamente mencionados no padrão básico são a inserção e espessura das orelhas.

Vistas de lado, as orelhas não devem ser inseridas muito alto no crânio ou muito baixo no lado da cabeça. Se elas forem inseridas muito alto, isso deixa uma pequena distância entre elas e perturba a harmonia das características. Se eles forem inseridas muito baixo, a linha natural, arredondada do crânio é visível, em vez de ser coberta pelas orelhas, e isso dá uma aparência de cabeça de maçã. O crânio, visto de frente, deve parecer plano entre as orelhas. Visto de lado, as orelhas não devem ser inseridas muito para frente, nem muito para trás. Se elas forem muito para frente, o occiput parece sobressair entre as orelhas, e a curva suave natural da linha entre as orelhas e o pescoço é destruída. Se as orelhas forem inseridas muito para trás, isso inevitavelmente significa orelhas demasiado chatas, sem profundidade de concha.

Há uma grande impressão de espessura se as orelhas se elevam com firmeza. A aparência de espessura é influenciada pelo comprimento e densidade do pelo da orelha. Ocasionalmente, um cão terá muitos pelos ou uma franja de pelos longos dentro da orelha. Isso é chamado de orelha “grama de bambu”. Uma orelha adequada dá um sentimento de harmonia para as características porque o triângulo isósceles é uma forma bem estável. Quando a espessura da orelha é aumentada ela melhora essa aparência de estabilidade. Então, é desejável que a orelha seja grossa. Embora a estreiteza da orelha seja uma falta mais séria, a orelha é muito grossa quando dá uma impressão de ser imóvel. Mais uma vez, o ideal está entre os dois extremos.

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Os Olhos

O padrão básico da Nippo determina: “Olhos são aproximadamente triangulares e se inclinam para cima na direção do canto externo do olho. A cor da íris é marrom bem escuro”.

Forma

A forma dos olhos é determinada pela forma das pálpebras superior e inferior; ou seja, a forma é o resultado da abertura criada pelas pálpebras. Em vários estados emocionais, a forma do olho se modifica, com o movimento das pálpebras. Por exemplo, se o cão está caçando e vê alguma presa, seus olhos podem se tornar muito grandes e arredondados enquanto olha. Mas em estado normal e com a mente tranquila, as pálpebras devem apresentar um formato aproximadamente triangular. A pálpebra superior é um pouco mais longa que a inferior, devido ao movimento para cima e para baixo, sobre o globo ocular. Quando aberto e quando o cão está em um estado relaxado, essa pálpebra superior possui um arco distinto e é isso que fornece o “aproximadamente” triangular. Esse arco é um pouco mais próximo do canto interno do olho do que do externo. Então, se virmos os três lados do triângulo como feitos de duas linhas nos lados (a pálpebra superior) e a linha formada pela pálpebra inferior, podemos ver que o triângulo não é perfeitamente equilateral, mas um pouco estendido em seu lado externo.

É igualmente importante para a forma do olho possuir a apropriada inclinação para cima no sentido do canto externo do olho. Demasiada inclinação produz uma expressão severa, enquanto muito pouca produz uma aparência suave. Para desenhar o ângulo correto de inclinação, imagine uma linha reta indo do canto interno do olho até que toque a orelha. Se a linha tocar o lado da cabeça exatamente no ponto mais baixo de inserção da face externa da orelha, esse é o ângulo correto de inclinação do olho.

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Tamanho

Olhos pequenos são preferíveis no Shiba. É possível que os olhos sejam muito pequenos, mas isso é raro. É muito mais comum que os olhos sejam muito grandes. Em razão do tamanho pequeno do Shiba, seus olhos são relativamente grandes na proporção com a cabeça do que nas raças japonesas maiores. É por isso que o Shiba é especialmente propenso ao defeito de olhos grandes, arredondados. Olhos grandes são meio arredondados e protuberantes, enquanto olhos pequenos parecem estar mais profundamente na cabeça. Isso faz sentido quando você considera que cães com olhos grandes e pequenos provavelmente possuem globos oculares de tamanho similar; é o tamanho e formato dos ossos da testa e a cavidade ocular e particularmente o tamanho da abertura formada pelas pálpebras que determina o “tamanho” do olho. Os olhos das fêmeas frequentemente parecem maiores, devido à pequenez e fineza de sua estrutura óssea. O ponto mais importante a lembrar na avaliação do tamanho dos olhos é que eles devem harmonizar com o resto da cabeça.

Posição

A posição dos olhos envolve dois fatores: a distância entre os olhos, e quão profundamente os olhos estão assentados na cavidade ocular. A distância apropriada entre os olhos depende da estrutura da testa e varia com a largura dela. Se os olhos estiverem muito distanciados, a aparência parece “desmoronar” e a expressão não apresenta o espírito apropriado do Shiba. Por outro lado, se estiverem muito próximos, a expressão tem uma aparência severa, ladina

Estar colocados na cavidade ocular na profundidade devida é muito importante para o olho correto. Se a cavidade ocular for muito rasa, os olhos sobressaem e, provavelmente, parecem demasiado redondos. Isso é comumente chamado de olho abaulado. Como distinguimos olhos que são muito profundos dos que são muito rasos? Se a parte mais elevada da superfície curva do olho avança além do plano da cavidade ocular, então o olho está saliente. Se o ponto mais alto da superfície do olho não alcança o plano da cavidade ocular, então o olho estão muito profundos. Idealmente, o ponto mais elevado do globo ocular deve nivelar com a cavidade ocular, mas, novamente, considerações no julgamento devem ser dadas aos fatores de expressão já discutidos. Outros fatores que podem afetar a aparência de olhos profundos ou protuberantes são a condição do pelo, as condições de saúde e nutrição do animal e os músculos da face.

Cor

A cor do olho é determinada pelo número de grânulos de pigmentos, chamados de melanina, que estão presentes na iris. Esses grânulos são sempre de cor marrom, mas variações ocorrem em virtude de diferenças no seu número e densidade. O ideal “cor marrom muito escuro” (tem uma pitada de preto) vem de grânulos de pigmentos que são numerosos e densamente dispostos. Quando os grânulos são em menor quantidade a cor será marrom mais claro ou amarelo claro, e quando o numero e tamanho são extremamente menores, olhos cinza ou azul claro são produzidos.

A cor da íris é importante não apenas por questões de qualidade estética dos olhos, mas também por seu impacto na expressão do cão. Quando os olhos são marrom bem escuro e misturam com a cor da pupila, isso dá uma expressão composta à face. Por outro lado, se os olhos são de cor clara, o contraste com a pupila negra dá uma aparência “avoada” não confiável, e os olhos são desagradáveis de ver tal como os de uma ave de rapina. Há quatro níveis gerais para de cor do olho ocorrentes no Shiba:

Marrom muito escuro. Com essa cor ideal, a íris e a pupila dão a impressão de uma única cor escura. Se você olhar de perto, verá que a íris não é idêntica à pupila, porque a pupila é preta e a íris um denso marrom muito escuro. Mas as cores da pupila e da íris são suficientemente similares para parecer misturarem uma na outra e a aparência de um tom de cor é dada.

Marrom escuro. Olhos que são um pouco mais claros do que o ideal marrom muito escuro, mas que apesar disso são marrom bem escuro, são aceitáveis. Caso dois cães sejam iguais em todos os aspectos exceto que um tem olhos marrom muito escuro e o outro marrom escuro, o que tiver os olhos mais escuros deve vencer. Entretanto o cão com olhos apenas marrom escuro não deve ser penalizado em julgamento regular. Olhos que são marrom muito escuro podem ser distinguidos de marrom escuro por que com olhos marrom escuro a iris e a pupila não parecem se misturar em apenas um tom, mas contrariamente podem ser distinguidas como cores de alguma forma diferentes.

Marrom claro ou amarelados. Essas cores são mais faltosas de pigmentos do que a marrom escuro e são faltas. A íris é clara o suficiente para apresentar um nítido contraste com a pupila negra do olho (o suficiente para dar um padrão de olho de boi). Se a íris for mais clara que a pupila mas não o suficiente para ser obviamente diferente e o olho tem a cor básica marrom, então é classificada como aceitavelmente marrom.

Cinza, amarelo claro, azul claro. Essa cores são faltas maiores e são obviamente indesejáveis ao extremo. Embora muito raras no Shiba, são ocasionalmente vistas.

Expressão

Os olhos podem expressar emoções das seguintes formas: alegria é demonstrada pelo estreitamento do olhos; êxtase por olhos brilhantes; pesar por olhos lacrimejantes; e raiva por olhos fixos e sobrancelhas eriçadas. Nos humanos os olhos são tão bons como palavras para expressar emoções. Nos cães, também, os olhos são muito expressivos, e essa é uma razão pelas quais os cães são bons companheiros para os humanos. A expressão dos olhos de um cão japonês deve mostrar as características importantes de espirito audaz, compostura, obediência, lealdade e elevada inteligência. Contrariamente, temperamento fraco se reflete quando um cão olha para longe, rola os olhos mostrando o branco deles, ou olha incansavelmente de lugar a lugar. Esses movimentos do olho indicam um cão que é suspeito ou servil.

O Focinho

O padrão básico da Nippo estabelece: “Focinho: a cana nasal é reta, os lados da boca firmes, a trufa dura e os lábios apertados

Avaliando pelo tamanho do espaço devotado a ele nas Resoluções de Julgamento da Nippo, o focinho é muito importante. O focinho consiste da trufa, da cana nasal, maxilar superior e mandíbula, lábios, e cavidade oral. É definido como a área que vai do meio do stop até a ponta do nariz. O comprimento do focinho deve ser de dois quintos do comprimento total da cabeça (40% do comprimento total da cabeça), sendo o comprimento total medido da ponta do occiput até a ponta do nariz.

É especificamente estabelecido no Padrão da Nippo que a cana nasal deve ser reta. Nas Resoluções de Julgamento, é também estabelecido que “uma protuberância na cana nasal é uma falta”. Qualquer desnível na cana nasal, seja convexo (uma protuberância) ou côncavo (uma aparência de escavado) é uma falta séria.

A largura e profundidade do focinho devem ser moderadas. Um focinho longo, fino, raso é inapropriado porque é fraco e carece de força de mordida suficiente, enquanto um focinho curto, atarracado arruína a aparência das características. A largura e profundidade do focinho , e a aparência de força, são de certa forma diferentes entre machos e fêmeas, de acordo com o princípio de que o macho precisa ser masculino e a fêmea feminina.

O focinho deve afinar um pouco de onde inicia o stop até o fim da trufa. Um focinho que não afunila é chamado de “boca de tubo” e é incorreto. Assim, mesmo um afunilamento gradual dá ao focinho a aparência de “forma de cunha”. Entretanto, não deve afunilar demasiado, que o final apareça pontudo. O final do focinho deve ter suficiente profundidade e largura para manter a aparência de força. Um focinho que afunila o bastante para fazer a face pareça afilada ou fraca de qualquer forma é incorreto.

O focinho deve ser firme, bem aderente, com lábios apertados. Barbelas em um Shiba são especificamente mencionadas nas Resoluções de Julgamento como uma falta e consideradas muito atípicas do Shiba. O pigmento dos lábios deve ser preto, embora essa cor seja restrita aos lábios em si e não se espalhando aos pelos em torno deles. As Resoluções de Julgamento exigem um contraste entre o focinho (firme) e as bochechas (cheias). As bochechas do Shiba são adequadamente muito cheias fornecendo uma aparência de uma bolsa expandida. Essa projeção contrasta com a firmeza dos lábios e do focinho em geral, e como estabelecido pelas Resoluções de Julgamento, o focinho parece vir das bochechas. As laterais do focinho devem ser “largas, cheias, e arredondadas”. Em muitas raças caninas as laterais do focinho são meio chatas. Olhando tais cães de frente mostra uma forma quase retangular, com as laterais sendo os lados mais compridos do retângulo. No Shiba você deve ver uma forma mais circular, as laterais arredondadas dando uma impressão de força. O nariz do Shiba é duro ao toque e o pigmento precisa ser preto.

O pigmento da língua também é importante, mas o pigmento desejado é o reverso do que é desejado para o focinho – a língua deve ser idealmente pink sem pontos negros. O padrão especifica que pontos pretos muito pequenos, não maiores do que uma ponta de dedo são permitidas na língua, mas também diz que o tamanho depende do tamanho do cão. Isso quer dizer que quanto menor o cão, menor o tamanho permitido do ponto. Se o maior dos cães (o Akita) pode ter uma mancha do tamanho de uma ponta de dedo, então o menor deles, o Shiba deve ter pontos bem menores, para ser aceitável.

Deve haver marcações brancas nas laterais do focinho e abaixo da mandíbula. O pelo na cana nasal deve ser vermelho nos cães vermelhos e sésamo e preto nos cães black and tan (preto e castanho). Os cães black and tan terão marcas bronze claramente definidas entre a cana nasal preta e as marcas branca na lateral do focinho. Cães vermelhos não terão pelos pretos no focinho, embora a trufa e os lábios devam ser pretos.

Em nenhuma circunstância as marcações brancas na lateral do focinho podem ultrapassar a cana nasal. Essa falta usualmente ocorre em conjunção com branco que circunda completamente os olhos e também cobre as bochechas (máscara reversa).

Uma máscara preta e barbelas são duas características que os criadores japoneses acreditam indicarem miscigenação e, quando aparecem, são um sinal muito ruim. Essas características não parecem estar na carga genética dos cães nativos japoneses. Deve ser notado que Shibas vermelhos ou vermelhos sésamo frequentemente nascem com uma máscara preta e ocasionalmente carregam pelos pretos no focinho durante a juventude.

Em suma, os seguintes pontos são importantes em relação ao focinho: ele afunila em forma de cunha, é firme e arredondado, está em proporção apropriada com a cabeça; o focinho e os dentes são corretos; os lábios são justos, os pigmentos da trufa e dos lábios são pretos; e o focinho é forte.

Os Dentes

O Padrão Básico estabelece “Dentes são fortes, com mordedura em tesoura” e as Resoluções de Julgamento estabelecem limites para faltas dentárias. Três características – força, mordedura em tesoura e número correto de dentes – são os requisitos essenciais para a dentição do Shiba. A palavra aqui traduzida como forte também tem uma implicação de saúde.

Das modernas raças japonesas, as quatro de tamanho médio são consideradas as de melhores dentes, seguidas pelo grande Akita. O pequeno Shiba é conhecido por ter os piores dentes – o maior problema um grande número de faltas dentárias. Especialistas japoneses citam o extensivo inbreeding ocorrido após a Segunda Guerra Mundial como causa disso.

O sistema japonês de pontuação negativa para dentes faltantes tem sido aumentado ao longo dos anos, à medida que a dentição dos Shibas melhora e, atualmente, em exposições da Nippo não se permite qualquer dente faltante. Os Shibas na América ainda têm problemas dentários, e os juízes japoneses concordam em ali aplicar o sistema de pontuação que esteve em prática de 1985 até 1994.

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Esse sistema, já superado no Japão, contém as seguintes deduções: Primeiros pré-molares, uma marca negativa para cada dente, Segundos pré-molares, três marcas negativa por dente. Qualquer outro dente faltante, afora os primeiros e segundos pré-molares, cinco pontos negativos por dente. O sistema de pontuação é baseado na importância relativa dos dentes em questão. Os primeiros pré-molares são muito pequenos e mesmo quando presentes não são muito úteis para o cão, enquanto que os dentes caninos e carniceiros são extremamente importantes. Nas exposições da Nippo, antes de 1994, um Shiba poderia ganhar uma graduação “excelente” com até dois pontos negativos (um ou dois primeiros pré-molares faltantes), e um “muito bom” com até quatro pontos negativos (até quatro primeiros pré-molares faltantes ou um primeiro pré-molar e um segundo pré-molar faltantes). Um Shiba com mais de quatro pontos negativos não poderia ser premiado.

Dentes faltantes adquiridos (dentes que o cão já possuiu e perdeu) são penalizados da mesma forma que os congênitos. Uma razão para perda de dentes é baixa qualidade estrutural do esmalte. Como esmalte e ossos fortes são formados por um balanço adequado de cálcio e fósforo, dentes mal estruturados são geralmente associados com estrutura corporal pobre. Baixa qualidade dos dentes pode significar esmalte frágil, resultando em quebras pelo uso diário e tensões que eventualmente conduzem a perdas dentárias. Dentes fracos deterioram precocemente na vida do cão. Dentes descoloridos que podem resultar de cinomose ou dieta pobre, são mais facilmente perdidos ou quebrados do que os dentes normais.

A mordedura normal do cão japonês é descrita como a borda interna dos incisivos da arcada superior recobrindo a parte de fora dos incisivos da arcada inferior, em uma aparência de tesoura. Os dentes da arcada inferior estão à frente dos da arcada superior, e os pré-molares e molares devem encaixar corretamente. Esse tipo de mordedura fornece a maior força e o menor desgaste dos dentes.

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As mordeduras irregulares ou anormais são prognatismo superior e inferior ou mordedura em torquês. Más mordeduras normalmente não têm a ver com os dentes em si, mas resultam de estrutura incorreta do maxilar ou mandíbula. O prognatismo inferior (também dito mordedura reversa) é causado pelo subdesenvolvimento do maxilar – como nas raças de cabeça curta – e essa é a mais comum mordedura irregular do Shiba. O prognatismo inferior é indesejável não apenas por que é deficiente em força de mordedura, mas também por que fornece uma expressão mal humorada, feia. O prognatismo superior é normalmente produto do subdesenvolvimento da mandíbula. Ao primeiro olhar pode parecer uma mordedura normal, mas o distanciamento da mandíbula dá uma aparência de fraqueza e também uma mordida fraca.

O terceiro tipo de mordedura anormal é a mordedura em nível, ou de torquês, ocorre quando os incisivos se encontram em suas pontas, em vez de se sobreporem. Isso coloca notável estresse nos dentes, resultando em desgaste muito mais rápido do que o normal.

Os incisivos precisam estar em uma linha justa. Algumas vezes os incisivos se inclinam um pouco para um lado ou outro, ou podem ser puxados para a frente ou para a parte de traz da boca. Essa desordem é por vezes chamada de boca lotada por que pode resultar de espaço insuficiente na mandíbula, e é comum em algumas das raças prognatas. Isso ocorre frequentemente no Shiba por causa do pequeno tamanho da boca.

Sob o Padrão da Nippo, muitos anos atrás, um pequeno prognatismo superior ou inferior era aceitável, enquanto prognatismos evidentes eram desqualificantes. Agora o Padrão Nippo determina que prognatismos “notáveis” são desqualificantes, o que significa que qualquer grau de prognatismo pode ser identificado, não importa em quão pequena sua dimensão.

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