Shiba: como viajar
Às vezes, deixar nosso animal de estimação em casa não é uma escolha. Pode ser uma mudança para um novo lugar ou férias prolongadas a algumas centenas de quilômetros de distância. Se o alojamento em um canil de confiança não for uma opção, então você terá que viajar com ele ou o embarcar.
Há algumas alternativas, que vamos considerar e esclarecer:
VIAGEM RODOVIÁRIA COM OS DONOS
VIAGEM RODOVIÁRIA POR TRANSPORTADORES
VIAGEM AEROVIÁRIA
CONCLUSÕES
Shiba: como viajar
VIAGEM RODOVIÁRIA COM OS DONOS
PRELIMINARES
O passo mais importante é acostumar o pet com a viagem, ou seja, se ele nunca andou de carro, faça com que entre e saia do carro e realize pequenos passeios.
Filhotes costumam enjoar e vomitar, se não estiverem acostumados. Mas, felizmente, basta fazer algumas “viagens” em torno do quarteirão com o filhote, para que ele se supere isso.
Nós passeamos de carro com os filhotes do ShibaShow®, para que os donos os possam conduzir aos veterinários sem problemas.
Shiba:como viajar: Legislação de Trânsito
O cão não pode viajar solto no carro e não pode estar no banco da frente.
A Guia de Trânsito Animal (GTA) não é mais obrigatória para o trânsito de cães em viagens aéreas ou rodoviárias no País, mas é obrigatório possuir o atestado de saúde, emitido por um médico veterinário inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária. Na falta desse, você pode enfrentar graves problemas se for parado pela PRF.
Segurança
Cintos Peitorais, Cadeirinhas e Caixas de Transporte
Shibas podem utilizar cintos peitorais que se adaptam ao cinto de segurança. Esses cintos são facilmente encontrados em pet shops. Caixas de transporte são menos seguras, visto que o animal fica solto dentro delas.
Cintos Peitorais:
Os cintos peitorais são projetados para prender o cão ao cinto de segurança do veículo. Eles são especialmente úteis para cães de menor porte.
Funcionamento: O cinto peitoral é ajustado ao corpo do cão e conectado ao cinto de segurança do carro. Isso impede que o cão se movimente excessivamente durante a viagem.
Vantagens: Simples de usar e instalar. Proporciona segurança ao cão e aos ocupantes do veículos. Ideal para viagens curtas..
Limitações:Não oferece tanto conforto quanto uma “cadeirinha”.
Não é adequado para cães muito agitados.
Cadeirinhas
As “cadeirinhas” são assentos projetados especificamente para cães nos bancos traseiros do veículo.
Funcionamento: A “cadeirinha” é fixada ao banco traseiro e possui uma alça ou cinto interno para prender o cão. Ela permite que o cão fique elevado e confortável durante a viagem.
Vantagens:
Proporciona mais conforto ao cão, permitindo que ele veja pela janela. Ideal para viagens mais longas. Reduz o risco de enjoo.
Limitações:
Requer um pouco mais de espaço no banco traseiro.
MEDIDA DE BOA CAUTELA
Para que a viagem fique mais confortável para o cão, suspenda a alimentação 3 horas antes do horário de saída com o carro, alguns animais podem sentir enjoo no trajeto e associar os passeios a algo ruim.
ACESSÓRIOS
Nós sempre providenciamos potes para água, potes para ração e a própria ração, uma toalha de rosto, sacos para recolhimento de fezes.
PROGRAMAÇÃO
Programe sua viagem de forma que sejam previstas pausas para que o cão “estique as patas” e faça suas necessidades. Nessas paradas também é possível oferecer água e petiscos leves, garantindo o conforto para o pet.
VIAGEM RODOVIÁRIA POR TRANSPORTADORA
Nesse caso, os transportadores, normalmente dispõem do equipamento necessário e, provavelmente, vans de transporte, onde os cães estarão em caixas, com conforto de ar condicionado e paradas para movimentação,
Caso não tenha conhecimento, procure indicações no Kennel Clube local ou consulte as nossas indicadas:
A Carrylog Logistica Pet
A DogExpress
A DogExpress realiza roteiros periódicos abrangendo quase todo o Brasil, circulando nas principais capitais do país. Contatos com Rodrigo, (51) 99616 8853 ou André (51) 99758 7257.
OUTRAS ALTERNATIVAS
Por medida de boa cautela, verifique se o transportador possui todas as licenças para realização de serviço comercial para terceiros, que contém responsabilidades bem mais expressivas do que um transporte particular informal. Nem todos possuem ANTT e outras certificações para o translado em rodovias interestaduais.
VIAGEM AEROVIÁRIA
RISCOS CORRELACIONADOS
Eventos recentes, em que houve óbito de animal, nos fazem emitir algumas considerações sobre este meio de transporte. O próprio evento suscitou uma atenção enfática para o problema e há, hoje, um grupo de trabalho, com apoio das próprias transportadoras e do poder público, com intenção de formular protocolos de segurança e legislação aplicável.
Pessoalmente, eu nunca tive problemas, nem mesmo de fobias com os diversos animais que, ao longo dos anos, precisei transportar dessa forma. Alchy, por exemplo, aos quatro meses, viajou de Bologna para Madrid e de Madrid para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, sem qualquer perturbações. Hoje, é um dos Shibas mais seguros que eu conheço.
Desembarque do meu padreador principal, o Fullmetal Alchemist Go Tessaiga, em Porto Alegre, com minha filha que mora em Madrid, acompanhada de minha mulher, para evitar o pagamento de impostos, pois ele veio no nome dela.
CONDIÇÕES DE TRANSPORTE
Sempre reserve a “passagem” do seu Shiba. As aeronaves têm locais limitados para transporte como carga e quase nunca é possível embarcar sem uma prévia reserva.
Para o transporte aéreo de cães em voos de carreira, é importante seguir algumas orientações para garantir o bem-estar e a segurança dele.
Presumindo que o seu Shiba não seja um cão-guia ou animal de apoio emocional
ATESTADO DE SAÚDE VETERINÁRIO
Antes da viagem, em território nacional, obtenha um atestado de saúde veterinário para o seu cão. Esse documento deve ter sido emitido no mínimo dez dias antes do voo. Certifique-se de que seu pet esteja com a vacina antirrábica em dia (a exigência é que tenha sido aplicada 30 dias antes da data do voo)
No dia da viagem, controle a alimentação do seu cão. Dê comida seca, sem nada a mais. Evite o estresse antes e durante a viagem. Ofereça petiscos dentro da caixa de transporte para que ele se familiarize sem associar o local a algo ruim. Forre a caixa de transporte com tapete higiênico, para evitar que ele possa ficar molhado de urina.
Prefira voos mais curtos e diretos. Lembrando que não é permitido o transporte aéreo de animais em voos com conexão em que há troca de companhia. Após a compra da passagem, o lugar do pet deverá ser “reservado” o quanto antes, visto que existe um limite por voo — geralmente, de três cães ou gatos;
DIMENSÕES DA CAIXA DE TRANSPORTE
Verifique as dimensões necessárias para as caixas de transporte, não apenas pela resolução da ANAC, mas também diretamente com o setor de transporte da companhia aérea.
Já nos recusaram embarque com caixas atendendo a ANAC e IATA, para nos alugar uma outra, maior, mais pesada, e tudo ficou muito mais caro. Nunca use caixas com rodinhas em aviões. Além de perigosas, elas não são permitidas pelas companhias.
VIAGEM NA CABINE
Algumas companhias permitem que os animais viajem na cabine, desde que a caixa e o animal não ultrapassem um peso específico (geralmente até 7 ou 10 kg, que somente se aplicam a filhotes de Shiba). Nesse caso, é preciso dispor de uma bolsa ou caixa adequada para a cabine, que também precisa ser negociado com a companhia aérea.
OUTROS ACESSÓRIOS
A caixa de transporte de viagem também deve incluir recipientes de água e alimentos firmemente presos ao interior da porta.
Caso o animal vá no porão, identifique-o (se ele for um for um ShibaShow®, use o QR Code do microchip na coleira) e identifique também a caixa de transporte. Utilize um tapete higiênico para forrá-la e deixe uma pequena peça de roupa sua com ele dentro da caixa. Leve a coleira e passeie com seu cão um pouco antes do voo. Incentive ele a urinar e defecar. Dê água.
Minha experiência me diz que não basta telefonar ou consultar o site da empresa, mas é quase que necessário visitar o setor de transporte, pessoalmente, pois que eles não se entendem bem com a área de passageiros. Empresas diferentes, regras diferentes.
Disponibilize recipiente, água e alimento para todo o percurso.
TRANSPORTE INTERESTADUAL DOMÉSTICO
Carteira de vacinação com comprovante de vacina antirrábica aplicada a mais de 30 dias e a menos de 1 ano e Atestado de Saúde emitido por médico veterinário até 10 dias antes da viagem, garantindo que o pet está saudável e em boas condições para viajar.
TRANSPORTE INTERNACIONAL
Carteira de Vacinação com comprovante de vacina antirrábica aplicada a mais de 30 dias e a menos de 1 ano;
Atestado de Saúde emitido por um médico veterinário até 10 dias antes da viagem;
Certificado Veterinário Internacional (CVI) válido por 60 dias corridos após a emissão (para América do Sul);
Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) válido por 60 dias corridos após a emissão;
Atestado Sanitário emitido por um veterinário até 10 dias antes da emissão do CVI, garantindo que o pet está saudável.
PREPARAÇÃO DO SHIBA
Aproveite para acostumar o pet à caixa de transporte cerca de um mês antes da viagem. Comece deixando a caixa com a porta aberta e colocando alguns brinquedos dentro, permitindo que o seu amigo entre e saia dela livremente. Quando perceber que ele se sente à vontade, feche a porta por alguns minutos e permaneça perto dele, fazendo isso gradualmente até que ele se habitue com o acessório;
Não é recomendado sedar o pet antes de embarcar. Na verdade, muitas companhias chegam a proibir essa medida.
TRIBUTAÇÃO
Um amigo recebeu um Akita provindo do exterior. No aeroporto, a Receita Federal lhe apresentou a conta de 3.000 dólares de imposto de importação. Ele, advogado, surpreso e indignado, retrucou: “Pode devolver o animal, então”. Tudo bem, disse o oficial da Receita, então o senhor terá que pagar o retorno do animal, que monta cerca de 3.000 dólares, caso contrário será abandono de animal o que é crime, e o senhor será preso. Afinal, nessa verdadeira “sinuca de bico“, meu amigo pagou o imposto.
Como eu disse, o Alchy foi registrado em nome da minha filha, que desembarcou com um cão de sua propriedade, não havendo incidência de imposto.
Há transportadores profissionais de animais, que dizem poder burlar a alfândega, mas eu não aconselho o risco, além de o custo ser alto, pois há o custo do acompanhante que viaja com o animal.
Seguro Transporte
Sim, existe seguro para o transporte aéreo de animais. Esse tipo de seguro cobre possíveis danos ou perdas que possam ocorrer durante o transporte. O seguro geralmente é válido desde o momento em que o animal é entregue ao transportador até a chegada no destino final.
Para contratar um seguro, você pode verificar com a transportadora ou com empresas especializadas em seguros de transporte. É importante ler atentamente os termos da apólice para entender o que está coberto e quais são as limitações.
CONCLUSÕES
No território doméstico, ou países limítrofes, creio que o mais conveniente é o transporte rodoviário. É bem mais simples, e, para os animais, mais confortável do que o transporte aéreo.
Para quem está no meio da cinofilia, há casos em que vai haver uma grande exposição de cães, em São Paulo, por exemplo, e algum handler vai transportar exemplares de Recife, digamos, para São Paulo. Daí, outros handlers do Sul do País, que tenham comparecido, poderão trazer o mesmo. Assim, o custo pode ser bem mais em conta, mas a informalidade tem o seu preço e é preciso conhecer as pessoas e confiar nelas..
A documentação é mais simples, o risco de tributação é quase inexistente. E os cuidados com o animal, em vans com ar condicionado é muito mais intenso e programado.